Explosões matam dez pessoas e ferem 14 no Paquistão

Bombas detonadas nesta quinta-feira (9) no Paquistão deixaram dez mortos e pelo menos 14 feridos. Um dos ataques atingiu um complexo policial na capital do país, Islamabad. As mortes ocorreram na região noroeste, onde a Al-Qaeda e o Taleban mantêm bases perto da fronteira com o Afeganistão. Quatro crianças, dois policiais e quatro prisioneiros morreram quando uma bomba explodiu ao lado de uma rodovia, perto de um veículo que levava prisioneiros, na região de Dir, segundo o funcionário do governo Sher Bahadur Khan. Dez pessoas ficaram feridas nesse ataque.

Em Islamabad, um carro-bomba danificou seriamente um prédio de uma agência antiterror. Quatro policiais ficaram feridos, na área bastante vigiada. Foram encontradas partes de um corpo que podem ser de um suicida. Nas últimas semanas os militantes aumentaram os ataques contra o governo, as forças de segurança e os ocidentais. Em 20 de setembro, um caminhão-bomba em Islamabad matou 54 pessoas no luxuoso Hotel Marriot.

Também nesta quinta houve, em um clima de segurança reforçada, um encontro no Parlamento para se discutir a ameaça militante. A sessão conjunta, convocada pelo governo civil, tinha como objetivo elaborar um consenso sobre o papel do Paquistão na luta ao terror. Os Estados Unidos têm demonstrado impaciência com o país, lançando ataques no noroeste paquistanês contra supostas bases militantes. Nessa região muitos acreditam que viva o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden.

O procurador-geral Sardar Latif Khosa disse que o encontro tinha como objetivo tirar as dúvidas dos parlamentares. Ele afirmou que o evento poderia continuar por vários dias. Havia barreiras de concreto e arame farpado isolando uma grande área perto do Parlamento. A mídia não teve acesso ao local das discussões. Os militares paquistaneses afirmam que atentados mataram quase 1.200 pessoas desde julho de 2007, a maioria civis. Outras 1.368 pessoas do setor de segurança foram mortas no país desde fins de 2001, quando o então presidente Pervez Musharraf se aliou à guerra ao terror.

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