Explosões e tiroteio provocados por conflito entre soldados e integrantes de uma facção radical islâmica mataram pelo menos 30 pessoas nesta segunda-feira, informou uma enfermeira. O ataque ocorreu na cidade de Maiduguri, no nordeste da Nigéria, lar espiritual da seita conhecida como Boko Haram.
Um grupo de jovens atacou o mercado, obrigando comerciantes a fugir, e logo depois houve uma explosão. Os soldados foram para área e começaram um tiroteio com integrantes da facção, disse o tenente coronel Hassan Ifeji Mohammed, porta-voz das Forças Armadas.
Comerciantes acreditam que o ataque foi uma tentativa de ataque repetida, já que um atirador suspeito da facção chegou no mercado dias antes, foi preso e morto depois. A Boko Haram está empreendendo uma campanha cada vez mais violenta contra o fraco governo da Nigéria em sua busca por implantar a lei da sharia, libertar seus integrantes presos e vingar as mortes de muçulmanos no país.
A seita tem sido acusada dos ataques – inclusive tendo como alvo cristãos – que mataram pelo menos 291 pessoas somente neste ano, segundo a Associated Press. A Nigéria é amplamente dividida, com o sul cristão e o norte muçulmano. No domingo, uma bomba colocada num carro abandonado explodiu do lado de fora de uma igreja próximo à capital da Nigéria, ferindo cinco pessoas. Na quarta-feira, homens armados entraram numa prisão federal, mataram um guarda e libertaram 119 detentos. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.