Explosões e disparos de metralhadoras atingiram hoje a cidade de Homs, no centro da Síria e foco de protestos contra o regime do presidente Bashar Assad, informou Najati Tayara, um ativista pelos direitos humanos. Ele disse que o barulho de bombardeios e dos disparos podiam ser ouvidos no início desta quarta-feira, no bairro de Bab Amr e em vilas próximas, como Mashada, Jobar e Sultanya. Segundo ele, as vilas, com uma população somada de 100 mil habitantes, muitos deles beduínos, têm sido um alvo das forças oficiais desde a segunda-feira.

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O Exército sírio já realizou operações em áreas rurais em busca de armas, espalhando o medo entre a população, disse a fonte. “Essa operação assustou moradores e agentes de segurança participaram de saques”, afirmou Tayara. O ativista disse que 50 tanques tomaram posições no bairro de Sittin, em Homs, também nesta quarta-feira. “Há postos de controle nas entradas de Homs.” O Exército chegou a cidade na segunda-feira. Entre o sábado e o domingo, tanques tomaram posições em áreas de concentração da oposição, segundo ativistas.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu hoje que Assad pare de usar força excessiva e atenda aos pedidos populares por reformas. Também disse que o governo sírio não deve prender manifestantes pacíficos. As forças oficiais também reforçaram o controle sobre Banias, no noroeste, outra cidade foco de protestos, vasculhando bairros e prendendo dissidentes.

A União Europeia (UE) estuda novas sanções esta semana contra o regime de Assad, disse hoje a chefe das Relações Exteriores do bloco, Catherine Ashton. Ela foi questionada por membros do Parlamento Europeu pelo fato de o nome de Assad não constar de uma lista de 13 autoridades sírias atingidas por sanções da UE.

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Segundo ela, “nós começamos com 13 pessoas diretamente envolvidas” na repressão aos protestos. “Nós olharemos para isso de novo esta semana”, afirmou. “Eu garanto a vocês que minha intenção é pôr o máximo de pressão política que podemos sobre a Síria.”

A UE divulgou ontem uma série de sanções, incluindo um embargo à venda de armas e a viagens, além do congelamento de ativos, de 13 funcionários sírios, entre eles um irmão de Assad, Maher al-Assad, e quatro primos deles. Ashton já advertiu que o presidente sírio pode ser o próximo alvo de sanções. As informações são da Dow Jones.

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