Explosão em santuário mata um durante conflitos no Irã

Uma explosão no santuário do aiatolá Ruhollah Khomeini matou uma pessoa hoje durante os confrontos entre a polícia iraniana e os manifestantes que foram às ruas exigir nova eleição presidencial. A informação foi transmitida pela televisão estatal em inglês e a agência de notícias Mehr. Duas pessoas teriam ficado feridas, mas a informação não pôde ser confirmada de forma independente devido às restrições do governo à imprensa. Hoje, a polícia do Irã bateu em manifestantes e usou bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar milhares de manifestantes que desafiaram o governo e retomaram os protestos.

O confronto acontece após o governo do Irã ter ameaçado dura repressão se manifestantes da oposição fossem às ruas novamente, desafiando abertamente o supremo líder do país. Ontem, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, ordenou que os líderes da oposição encerrassem os protestos nas ruas ou se responsabilizassem por qualquer “derramamento de sangue ou caos” que viesse a acontecer.

Fontes entrevistadas hoje pela agência “Associated Press” disseram que cerca de 3 mil manifestantes se reuniram no centro de Teerã e gritavam “Morte ao Ditador!” e “Morte à Ditadura!” perto da Praça da Revolução. Segundo as fontes, entre 50 e 60 pessoas foram seriamente espancadas pela polícia e pela milícia pró-governo e levadas ao hospital Imam Khomeini, no centro de Teerã. Pessoas eram vistas arrastando para longe outras que estavam sangrando.

Helicópteros sobrevoavam o centro de Teerã. Sirenes de ambulâncias ecoavam nas ruas e uma fumaça preta subia pela cidade. As fontes que acompanhavam a situação informaram que milhares de policiais e membros da milícia lotaram as ruas para evitar protestos. Caminhões de bombeiro ficaram posicionados na Praça da Revolução e a polícia cercou a Universidade de Teerã.

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