Pelo menos seis pessoas morreram e 35 pessoas ficaram feridas na explosão de um carro-bomba no estacionamento da Embaixada da Dinamarca em Islamabad, inclusive uma brasileira. Informações iniciais indicam três mortos no atentado. Dos seis mortos, dois eram policiais. A única estrangeira entre as 35 pessoas feridas na explosão era uma contadora brasileira a serviço da embaixada, informou o Itamaraty. Ela sofreu escoriações superficiais.
A explosão foi ouvida por toda a cidade. A detonação destruiu dezenas de veículos parados no estacionamento e abriu uma cratera de um metro de profundidade no chão. Um muro próximo do local da explosão desabou e o portão da embaixada foi reduzido a um monte de ferro retorcido, mas o prédio da representação diplomática teve apenas janelas estilhaçadas.
Até o momento, ninguém reivindicou a autoria do atentado. Recentemente, porém, o médico egípcio Ayman al-Zawahiri, número dois na hierarquia da rede extremista Al-Qaeda, convocou fundamentalistas islâmicos a atacarem alvos dinamarqueses.
A Dinamarca tem recebido ameaças de ataques a suas embaixadas desde 2006, quando jornais dinamarqueses publicaram caricaturas do profeta Maomé consideradas ofensivas pelos muçulmanos.
A explosão também ocorre em um momento no qual o governo do Paquistão busca acordos de paz com militantes islâmicos baseados na região de fronteira com o Afeganistão. Funcionários paquistaneses condenaram o atentado, mas não indicaram a intenção de parar de negociar.
O ministro dinamarquês das Relações Exteriores qualificou o ataque como "totalmente inaceitável". Os governos da Noruega e da Suécia imediatamente ordenaram o fechamento de suas embaixadas em Islamabad.