Uma segunda explosão atingiu Damasco hoje (07) em um ponto próximo de dois prédios do governo, informou a TV estatal. A explosão ocorreu pouco tempo depois de um atentado com moto-bomba em frente a uma mesquita da capital síria.

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De acordo com a rede de TV, a explosão atingiu a área de Mazze -entre o ministério da Informação e o ministério da Justiça- e não deixou vítimas, mas danificou um grande número de veículos.

“Um atentado terrorista ocorreu em Ruknedin, na saída dos fieis da mesquita Al Rukniya, e provocou feridos entre os fieis”, indicou a TV estatal. Como em toda sexta-feira, os sírios contrários a Bashar al Assad se manifestaram em todo país depois da oração semanal muçulmana.

Nesta semana, os rebeldes escolheram o lema “Homs sitiada nos chama”, em referência à terceira maior cidade do país, onde os bombardeios das tropas regulares não cessam e a situação humanitária é desastrosa.

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Sem intervenção

Também hoje, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, de visita no Azerbaijão, declarou que a aliança não recorrerá a uma intervenção militar na Síria e descartou comparações com a Líbia.

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“Líbia e Síria são dois casos diferentes. Na Líbia contávamos com o firme mandato da ONU e o apoio dos países da região para proteger o povo líbio (…) Na Síria a melhor opção é uma solução política”, disse Rasmussen em discurso perante estudantes da Academia Diplomática do Azerbaijão.

No entanto, o secretário-geral não descartou a intervenção caso a Turquia, membro da Otan, seja ameaçada pela Síria. “A Turquia é nosso aliado e estamos dispostos a protegê-la em caso de necessidade”, ressaltou.

A Turquia recebe dezenas de milhares de refugiados sírios em seu território, entre eles centenas de militares, incluindo numerosos generais. Síria e Turquia mantêm relações tensas, uma vez que Damasco acusa Istambul de apoiar e acolher rebeldes sírios.