A explosão de um carro-bomba, cujo alvo era um veículo da polícia, matou 11 policiais e um civil nesta quinta-feira no sudoeste do Paquistão, região marcada pela militância islâmica e por uma violenta insurgência separatista, informou a polícia.
O ataque nas proximidades de Quetta, capital da província do Baluquistão, ocorreu no mesmo dia em que confrontos no noroeste do país deixaram 4 soldados mortos. Segundo a polícia, 20 militantes também morreram nesses confrontos. Na explosão em Quetta, 23 pessoas ficaram feridas, informou o policial Fayaz Sumbal.
O porta-voz do Taleban paquistanês, Ahsanullah Ahsan, assumiu a responsabilidade pelo ataque numa ligação telefônica à Associated Press, dizendo que a ação foi uma vingança pela morte de militantes no noroeste do país.
O Taleban vem travando, há anos, uma sangrenta guerra contra o governo paquistanês, que já deixou milhares de mortos. Os militantes querem impor a lei islâmica no país e encerrar a impopular aliança do governo com os Estados Unidos.
O carro levava cerca de 100 quilos de explosivos e estava estacionado ao longo de uma via da cidade. O veículo foi detonado por controle remoto quando o carro que levava membros das forças especiais da polícia passava pelo local, declarou Sumbal.
Também nesta quinta-feira, vários militantes atacaram um posto de verificação do Exército paquistanês na área tribal de
Kurram, perto da fronteira com o Afeganistão, matando quatro soldados, informou o policiai Mujahid Khan.
Soldados, apoiados por helicópteros de ataque e jatos, expulsaram os militantes que deixavam seus esconderijos e mataram 20 deles, declarou Khan. As regiões tribais do Paquistão abrigam uma ampla gama de militantes islâmicos, muitos deles ligados à Al-Qaeda e ao Taleban. As informações são da Associated Press.