Um carro bomba explodiu na manhã deste sábado próximo ao Consulado da Itália no Cairo, capital do Egito, destruindo vários andares do edifício e matando um egípcio. Nenhum grupo ainda reivindicou a responsabilidade da explosão, embora o Egito enfrente ameaças de facções rebeldes, entre elas, a filial do Estado Islâmico na Península do Sinai, que teve alguns membros mortos em um recente atentado na região.
A bomba atingiu o consulado italiano por volta das 6h30 no horário local (1h30 no horário de Brasília). Autoridades italianas informaram que o consulado estava fechado no momento e que nenhum de seus funcionários ficou feriado. A explosão, contudo, matou um pedestre e feriu pelo menos outras oito pessoas. Em comunicado, o governo do Egito afirmou que apenas um dos feriados ainda está se recuperando no hospital.
O primeiro ministro italiano, Matteo Renzi, conversou com o presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sissi, após o ataque. Em uma declaração enviada à imprensa, Renzi disse: “não abandonaremos o Egito sozinho, Itália e Egito estão e estarão sempre juntos na luta contra a terrorismo”. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Itália, Paolo Gentiloni, informou que a segurança será reforçada em prédios italianos no Egito.
Um oficial de segurança egípcio, que falou à reportagem sob a condição de anonimato, disse que os investigadores estão analisando o circuito interno de vídeo da área próxima ao consulado. Eles já teriam observado que o carro bomba tinha placas da cidade do canal de Suez.
A explosão no consulado da Itália ocorreu menos de duas semanas após o procurador geral do Egito, Hisham Barakat, morrer em atentado com explosivos perto de sua casa, no Cairo, quando estava indo ao trabalho. Foi a primeira tentativa de assassinato bem-sucedida contra um funcionário do alto escalão do governo egípcio após a deposição do presidente Mohamed Mursi, em 2013. Fonte: Associated Press.