A bomba que explodiu nesta quinta-feira (17) em Bilbao, no norte da Espanha, deixou sete policias feridos. O atentado ocorreu após um telefonema de advertência realizado em nome do grupo separatista basco ETA, segundo informou um policial sob condição de anonimato. Os sete oficiais estavam ajudando a retirar as pessoas da área e isolá-la. O alvo foi um escritório do Partido Socialista, atualmente no poder. O ataque ocorreu em La Peña, distrito de Bilbao, principal cidade da região basca, onde vivem muito operários.
O ETA é um dos principais desafios para o presidente José Luis Rodríguez Zapatero, que inicia seu segundo mandato. O grupo já matou 825 pessoas desde o fim dos anos 1960, em sua campanha pela independência da região basca no norte da Espanha e sudoeste da França. O grupo declarou um cessar-fogo unilateral em março de 2006. Mas voltou a praticar atentados após não conseguir concessões de mais independência do governo de Zapatero.
Segundo o Ministério do Interior, a Espanha está esperando um "longo ciclo" de violência dos separatistas. Zapatero pediu aos oposicionistas conservadores que o ajudem a formar uma frente unida contra o grupo. Os oposicionistas pediram, primeiro, garantias de que o presidente não voltará a negociar com o ETA.
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