Com a disputa voto a voto nas eleições de terça-feira (4), a participação dos 6,6 milhões de americanos que vivem fora dos EUA – população maior do que a de pelo menos 24 Estados americanos – pode ser crucial. Às vésperas da disputa à Casa Branca, partidários de Barack Obama na Grã-Bretanha, que tem a terceira maior comunidade americana do mundo, evitaram o clima de “já ganhou” e conclamaram todos os expatriados a não deixar de participar.
Eles não querem correr o risco de repetir 2004, quando George W. Bush venceu no Colégio Eleitoral, mesmo com os democratas à frente nas pesquisas de intenção de votos. Na época, a confiança na vitória fez muitos expatriados não se darem ao trabalho de votar.
Organizações como a Overseas Vote Foundation (OVF), de apoio a eleitores no exterior, estimam que mais de 3 milhões votem em 220 países neste ano – a maior proporção deles na Grã-Bretanha, que reúne 350 mil americanos com idade para votar. Em 2004, apenas 992 mil se registraram.
“Os democratas estão conscientes de que cada voto é crucial”, diz Colin McNulty, de 24 anos, que estuda sociologia em Londres e votará pela primeira vez fora dos EUA. Dos primeiros 90 mil eleitores que a OVF ajudou a se registrar, 70% votariam pela primeira vez no exterior.
Garantir o voto de expatriados sempre foi um desafio. Em 2004, só 30% das cédulas chegaram a tempo da contagem. Este ano, o Departamento de Defesa dos EUA investiu mais de US$ 1 milhão em sites para ajudar eleitores a se registrarem e tornou possível fazer o download da cédula na internet. Mais de 10 milhões já visitaram a página. Em 2004, foram 7 milhões. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.