As tropas de Uganda ampliaram os esforços para caçar insurgentes chefiados pelo foragido Joseph Kony, cujos combatentes espalham o terror pelas selvas da África equatorial e oriental há mais de duas décadas, disseram funcionários do governo ugandense nesta terça-feira. Segundo eles, Uganda comandará uma nova força militar regional, formada por tropas do Sudão do Sul, República Centro-Africana e República Democrática do Congo (antigo Zaire), para caçar os rebeldes chefiados por Kony, que atualmente estão escondidos nas selvas da República Centro-Africana, disse o coronel Flexi Kulayigye.
“Um comandante de Uganda foi indicado para comandar o exército de 5 mil soldados”, disse o coronel Kulayigye, que é porta-voz das Forças Armadas de Uganda. A força regional, que tem o apoio da União Africana (UA), terá a permissão para operar através das fronteiras dos países na caçada a Kony, disse o coronel ugandense ao Wall Street Journal.
Atualmente, outro exército de 4 mil soldados ugandenses já está na República Centro-Africana caçando Kony e os remanescentes do Exército de Resistência do Senhor – o nome do bando de mercenários e combatentes que Kony liderou durante quase duas décadas na África. Recentemente, os combatentes de Kony lançaram uma campanha de terror contra civis nas florestas do Congo (antigo Zaire), expulsando milhares de moradores.
O esforço para capturar ou matar Kony e desmantelar seu grupo surgiu após uma campanha lançada na internet pedindo a captura do ex-chefe rebelde. Um vídeo de 30 minutos exibido na internet, “Kony 2012” publicado no começo de março, foi visto 137 milhões de vezes até o final da semana passada, de acordo com uma empresa que monitora o tráfego na web, a Visible Measures Corp. O vídeo, produzido por uma empresa de San Diego (EUA), a Invisible Children Inc., acusa Kony de recrutar crianças como soldados, sequestrar meninas para serem forçadas à escravidão sexual e mutilar crianças. Kony tentou no passado derrubar o governo de Uganda, embora seus combatentes também tenham espalhado o terror pelo Sudão do Sul, República Centro-Africana e outros países da África equatorial.
As informações são da Dow Jones.