O exército dos Estados Unidos planeja começar um programa de treinamento de soldados ucranianos em março, afirmou hoje o comandante militar das forças norte-americanas na Europa, general Ben Hodges.

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De acordo com Hodges, um batalhão de soldados dos EUA irão treinar três batalhões ucranianos no centro de treinamento de Yavariv, na cidade Lviv, oeste da Ucrânia.

A Ucrânia enfrenta uma escalada de violência no leste do país, onde tropas rebeldes apoiadas por Moscou tentam tornar a região independente de Kiev. Hoje, líderes da França, Alemanha, Ucrânia e Rússia se encontraram em Minsk, capital da Bielorrússia, para tentar negociar novamente um tratado de paz.

O programa de treinamento, no entanto, foi decidido há vários meses. Entre outros tópicos, o exército norte-americano irá ensinar soldados ucranianos a se proteger da artilharia e dos foguetes russos, assegurar controle de estradas, pontes, tratar e retirar feridos e mortos, e operar em um ambiente onde os russos estão utilizando tecnologia para interferir nas comunicações.

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Hodges também acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de armar e fomentar os rebeldes pró-Rússia. “Acredito que é bastante importante dizer que os milicianos não são separatistas, eles são sendo usados por Putin”, disse. “Se olharmos a quantidade de munição e tipo de equipamento, é bastante claro que existe uma intervenção militar russa direta sobre a área ao redor de Debaltseve”. O general acredita que existam 10 batalhões russos na fronteira entre Ucrânia e Rússia.

Tropas ucranianas e rebeldes lutam pelo entroncamento ferroviário de Debaltseve, que fica entra as cidades de Luhansk e Donetsk, que já estão sobre controle rebelde.

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“Se as milícias tiverem sucesso em tomar Debaltseve, temo que eles irão se voltar a Mariupol”, disse Hodges, se referindo à cidade portuária, que tem valor estratégica. Fonte: Associated Press.