Raúl Reyes, o segundo homem das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), foi morto pelo Exército colombiano com mais 16 guerrilheiros, segundo afirmou neste sábado (1.º/3) o ministro da Defesa do país, Juan Manuel Santos. O ministro da afirmou que Reyes foi morto dentro do território equatoriano, a 1.800 metros da fronteira com a Colômbia. Santos alegou, porém, que o ataque partiu do território colombiano e que o presidente equatoriano, Rafael Correa, foi informado da operação.
Aeronaves da inteligência teriam detectado uma comunicação por satélite feita pelo líder rebelde, que permitiu a sua localização exata. Segundo Santos, a Força Aérea colombiana atacou o acampamento sem violar o espaço aéreo do Equador. Após o ataque, militares colombianos entraram no país vizinho para garantir a segurança da área e neutralizar o inimigo até a chegada de autoridades equatorianas. O ministro da Defesa afirmou que os corpos de Reyes, de Guillermo Enrique Torres, conhecido como Julián Conrado, e de outros 15 guerrilheiros foram levados para o lado colombiano para evitar que a guerrilha tentasse recuperá-los. Um soldado também foi morto na operação.
A morte do líder guerrilheiro, considerado o rosto público e um dos principais porta-vozes da facção, é uma das principais vitórias da política de segurança do presidente colombiano, Álvaro Uribe, que conta com o apoio dos Estados Unidos e mantém desde 2002 uma ofensiva contra as Farc. Reyes, cujo verdadeiro nome era Luis Edgar Devia, foi um antigo dirigente sindical que entrou para a guerrilha colombiana há quase três décadas e cuja recompensa por informações que ajudassem em sua captura ou morte era de mais de US$ 2,7 milhões. Freqüentemente, Reyes era mencionado como um provável substituto de Manuel Marulanda Vélez o Tirofijo, número um do grupo.