As metas de redução da emissão de carbono defendidas pelo governo eleito no Japão provocaram discordâncias no setor empresarial. Ontem, o líder do Partido Democrático do Japão (PDJ), Yukio Hatoyama, reiterou a meta eleitoral de cortar em 25% as emissões nacionais, na comparação entre 1990 e 2020. Hoje, importantes empresários sinalizaram que as metas podem ser impossíveis de se alcançar. Segundo executivos de grandes indústrias japonesas, há pouca margem de manobra, pois o país já tem algumas das fábricas mais limpas e eficientes do mundo. Segundo esses empresários, as metas deveriam ficar em nível internacional, não com o Japão defendendo objetivos unilaterais.
Analistas notam que os usuários de matérias-primas, em indústrias como a de automóveis, aço, petróleo e químicos podem sofrer. Mas outros setores que se especializam em tecnologia verde podem receber um incentivo com as metas do PDJ. “Falta dizer que uma meta assim seria difícil de alcançar”, afirmou hoje o presidente da Honda, Takanobu Ito. O presidente da Toyota, Akio Toyoda, deu declarações similares. “Eu acho que seria difícil atingir a meta do PDJ para o meio do mandato para um corte nas emissões de gases causadores do efeito estufa”, disse. As informações são da Dow Jones.