Richard DeVaul, diretor da divisão X, área de pesquisa e desenvolvimento tecnológico da Alphabet, dona do Google, pediu demissão nesta terça-feira, 30, depois que seu nome foi citado em uma reportagem do jornal The New York Times, como executivo envolvido em um caso de assédio sexual no ambiente de trabalho.

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De acordo com o The New York Times, a engenheira de software Star Simpson, disse que uma semana após ter feito uma entrevista de emprego com DeVaul, o executivo a assediou no festival Burning Man, em Nevada, nos Estados Unidos em 2013 – ela afirmou que, à época, ainda não sabia que não seria contratada pela empresa. Segundo a reportagem, DeVaul chegou a pedir que ela tirasse a blusa para que ele fizesse uma massagem em suas costas.

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Em um comunicado depois da publicação do The New York Times, o executivo pediu desculpas pelo que chamou de “erro de julgamento”. Ele disse também que a divisão X decidiu não contratar a engenheira Star Simpson antes da data do festival, e afirmou que não sabia que ela não tinha sido informada.

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Resposta

Na noite desta terça-feira, 30, o presidente executivo do Google, Sundar Pichai, mandou um e-mail aos funcionários, em resposta à má conduta da empresa com casos de assédio sexual, revelada pelo The New York Times. A reportagem citou histórias envolvendo três executivos, sendo que um deles foi o criador do Android, Andy Rubin – quando deixou a empresa em 2014 após ser acusado de assédio sexual por uma funcionária, o Google lhe pagou US$ 90 milhões na rescisão, segundo o jornal.

No e-mail, obtido pela Ars Technica, Pichai não negou as acusações da reportagem, pediu desculpas e disse ainda que a empresa precisa adotar uma linha mais dura quanto a comportamentos inadequados.

Protesto

O presidente executivo do Google também afirmou que vai apoiar o protesto que as funcionárias do Google estão planejando para esta quinta-feira, 1, em que vão se manifestar sobre o assunto.