Um funcionário do setor de segurança da Arábia Saudita disse que as execuções de sete sauditas sentenciados à morte por roubo armado foi postergada por uma semana. Um dos acusados seria crucificado e os demais seriam mortos por um pelotão de fuzilamento.

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A fonte, que falou em condição de anonimato, disse que o rei Abdullah vai reavaliar as sentenças. No domingo, ele se reuniu com as famílias dos sete condenados. O funcionário disse que o governante da província de Asir, no sudoeste do país, príncipe Faisal bin Abdel Aziz, ordenou o adiamento.

Os sete eram menores de idade quando foram presos por roubo à mão armada, um crime capital na Arábia Saudita. Um dos presos disse à Associated Press por telefone, da prisão, que eles foram torturados e forçados a confessar, além de não terem tido acesso a advogados.

Grupos de direitos humanos pediram que o governo saudita cancelasse as execuções.

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Nasser al-Qahtani disse à Associated Press na segunda-feira que foi detido como membro da rede de 23 pessoas que roubaram lojas de joias em 2004 e 2005. “Eu não matei ninguém. Eu não usava armas quando roubava a loja, mas a polícia me torturou, me espancou e ameaçou atacar minha mãe para extrair confissões de que eu portava uma arma quando tinha apenas 15 anos”, disse ele, que agora tem 24 anos. “Nós não merecemos a morte.”

O principal réu, Sarhan al-Mashayeh, foi condenado à crucificação por três dias. A pena dos demais é de execução por pelotão de fuzilamento.

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Várias pessoas foram crucificadas na Arábia Saudita no ano passado. Grupos de direitos humanos condenaram as crucificações no passado, incluindo casos nos quais as pessoas são decapitadas e depois crucificadas. Em 2009, a Anistia Internacional condenou esse tipo de execução como “a máxima forma de

punição cruel, desumana e degradante”. As informações são da Associated Press.