Lee Kuan Yew, que dominou a política de Cingapura por mais de meio século e transformou o país em uma força comercial e financeira global, sendo um modelo a mercados emergentes em todo o mundo, morreu neste domingo, aos 91 anos de idade.
Lee estava lutando contra uma pneumonia severa, condição que o governo revelou mais de duas semanas depois que ele deu entrada no Hospital Geral de Cingapura, em 5 de fevereiro.
Os princípios de Lee, como foco em limpeza e eficiência do governo, políticas econômicas pró-mercado e ordem social, ajudaram a atrair investimentos maciços ao país e muitas das maiores empresas do mundo, depois que ele se tornou primeiro-ministro, em 1959.
Líderes de outros países se apressaram para copiar seu modelo, com algum sucesso, embora não atingissem o mesmo resultado ou porque não tiveram a rédea sobre a corrupção ou estavam governando países maiores, mais difíceis de serem administrados.
Lee nasceu em 16 de setembro de 1923, em Cingapura. Seu pai era originalmente da província chinesa de Guangdong e enriqueceu por meio do comércio, embora a Grande Depressão tenha acabado com a fortuna. Durante a Segunda Guerra Mundial, Lee estudou direito da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, onde se formou como primeiro de sua turma.
Depois de retornar a Cingapura, em 1950, ele se tornou advogado e construiu uma base política. Com alguns colegas socialistas que também estudaram na Inglaterra e membros de sindicatos da esquerda, fundou o PAP (People’s Action Party, em inglês), em 1954.
Cinco anos depois, Cingapura ganhou o status de independente e Lee, como líder do PAP, se tornou primeiro-ministro.