O ex-presidente da Argentina Néstor Kirchner morreu hoje aos 60 anos, após sofrer uma parada cardiorrespiratória, informa o jornal local Clarín em seu site, citando fontes oficiais. Marido da atual presidente do país, Cristina Kirchner, ele deu entrada nesta manhã no Hospital José Formenti, na cidade de El Calafate, acompanhado pela mulher, informa o diário. Os médicos, porém, não conseguiram reanimá-lo. A morte foi confirmada por médicos da presidência.
No último ano, Kirchner havia sido internado com urgência ao menos duas vezes, segundo o Clarín. Outro jornal argentino, o La Nación, lembrou que em fevereiro o ex-líder havia sido submetido a uma cirurgia de urgência de alta complexidade, por uma obstrução na artéria carótida direita. Na ocasião, a cirurgia foi considerada um êxito.
Néstor Kirchner comandou a Argentina entre 2003 e 2007 e era apontado por alguns analistas como homem forte no atual governo. Além disso, era cotado para voltar ao poder nas eleições presidenciais de 2011. O político do Partido Justicialista (Peronista) ganhou projeção nacional na função de governador da província de Santa Cruz. Em meio à profunda crise vivida pelo país no início dos anos 2000, Kirchner obteve a nomeação de seu partido e conseguiu vencer a disputa presidencial. Bastante popular, conseguiu ainda ajudar a eleger a mulher ao deixar o cargo.