Ex-presidente egípcio Mubarak nega abuso de poder

Em suas primeiras declarações desde que foi retirado do poder, o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak negou ter abusado de sua autoridade para enriquecer e acumular propriedades em uma declaração pré-gravada e transmitida neste domingo.

Mubarak, forçado a deixar o cargo há dois meses por um levante popular, afirmou que deseja cooperar com qualquer investigação para provar que não possui propriedades no exterior ou contas em bancos estrangeiros.

O canal de notícias pan-árabe Al-Arabiya, que transmitiu o discurso, disse que ele foi gravado ontem, após manifestantes terem se reunido no Cairo para exigir que o conselho militar que assumiu no lugar de Mubarak abra uma investigação sobre sua situação financeira. Não havia nenhuma imagem de vídeo para acompanhar a voz de Mubarak.

“Eu fui muito machucado, e ainda estou machucado – minha família e eu -, pelas campanhas injustas contra nós e pelas falsas alegações que visam a sujar minha reputação, minha integridade, minhas posturas (políticas) e minha história militar”, disse Mubarak. Em seu discurso, ele disse ter apenas uma conta em um banco egípcio e uma propriedade no Egito.

Egípcios cansados da pobreza, corrupção e repressão política forçaram Mubarak a deixar a presidência no dia 11 de fevereiro, após 18 dias de manifestações. Desde então, Mubarak e sua família estão em prisão domiciliar em um palácio presidencial no resort de Sharm el-Sheikh e seus ativos foram congelados. Mas Mubarak não foi acusado judicialmente. As informações são da Associated Press.

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