A Justiça do Egito confirmou a sentença de morte para o ex-presidente do país, Mohammed Morsi, deposto em julho de 2013.

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Morsi, o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, estava no julgamento em uma jaula de vidro protetora. Ele recebeu o veredicto com um leve sorriso, mas não declarou nada.

A decisão foi comunicada pelo juiz Shaaban al-Shami após uma consulta com o Mufti, autoridade religiosa afiliada ao judiciário, como requerido por lei quando há punição capital.

“A corte decidiu de forma unânime que não há espaço para leniência e clemência para os réus”, disse o juiz.

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A opinião do Mufti não é decisiva e a sentença será levada para a Corte de Apelações.

De acordo com Al-Shami, os réus conspiraram e tentaram assassinar oficiais da polícia quando eles invadiram três prisões no Egito, liberando cerca de 20 mil detentos, gerando caos no país e abrindo a fronteira com a Faixa de Gaza. Al-Shami afirmou que os réus articularam o plano com a ajuda de militantes estrangeiros dos grupos Hamas, Hezbollah e do Sinai.

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O juiz também decretou a sentença de morte para outros cinco membros da Irmandade Muçulmana, incluindo Saad el-Katatni, líder do antigo partido político.

Morsi já estava cumprindo uma sentença de 20 anos de prisão por seu papel nas mortes de manifestantes em 2012, quando ainda era presidente do Egito.

Morsi foi deposto por militares em julho de 2013 em meio a protestos populares que pediam seu afastamento. Ele está preso desde então e o partido Irmandade Muçulmana foi categorizado como organização terrorista. Fonte: Associated Press.