O ex-presidente da República Dominicana Leonel Fernández, que participou de uma comissão mediadora entre o governo e a oposição da Venezuela, considerou que uma eventual ação militar americana no país seria “nefasta” e um “grave erro histórico”. O governo dominicano também considerou que uma intervenção agravaria o conflito interno.

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“Uma intervenção militar, além de deixar vulneráveis os princípios da legalidade internacional, seria a pior alternativa”, escreveu o ex-presidente em seu perfil no Twitter. A mensagem de Fernández veio após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter dito na sexta-feira que não descartava uma ação militar na Venezuela.

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“Seria uma opção simplesmente nefasta e um grave erro histórico. Apoiamos a negociação pacífica”, insistiu Fernández. Segundo ele, os outros ex-presidentes que acompanharam a comissão mediadora – Marín Torrijos (Panamá) e José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha) – creem que “um acordo de convivência democrática é a solução para os problemas da Venezuela”.

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Neste domingo, a chancelaria dominicana considerou que uma eventual intervenção militar agravaria o conflito interno venezuelano. “Evidentemente seria uma contradição se o que se busca é a resolução de uma crise política interna”, disse o chanceler dominicano Miguel Vargas, em um comunicado. Vargas recordou que, desde o começo da crise na Venezuela, a República Dominicana colocou à disposição seu território para que governo e oposição venezuelanos estabeleçam diálogo. Fonte: Associated Press.