Promotores taiwaneses acusaram nesta sexta-feira (12) o ex-presidente Chen Shui-bian por tráfico de influência. Chen, de 57 anos, é mantido em uma prisão em um subúrbio de Taipé desde 12 de novembro, aguardando os resultados das investigações. Ele, que ocupou o poder na ilha durante oito anos e meio, é acusado de lavar dinheiro e outros crimes durante o tempo em que estava na presidência. Também foi acusada esposa, Wu Shu-chen, seu filho e a nora, além de três de seus ex-assessores no governo e outras oito pessoas.
Um porta-voz da promotoria afirmou que o ex-líder e sua mulher desviaram o equivalente a US$ 3,12 milhões de um fundo especial presidencial. Além disso, receberam propinas de US$ 9 milhões, em conexão com um acordo envolvendo terras. Ainda segundo o funcionário, Wu ainda aceitou outra propina de US$ 2,73 milhões envolvendo um projeto de construção.
Chen pode ser condenado a até 20 anos de prisão. Ele nega qualquer irregularidade e diz ser perseguido pelo atual presidente, Ma Ying-jeou, por ser contrário à aproximação com a China. O escritório do presidente disse que Ma não comentaria o caso.