Emissoras de televisão de Taiwan mostraram nesta terça-feira (11) imagens do ex-presidente Chen Shui-bian deixando um escritório de promotores algemado. Segundo as emissoras, Chen chegou a uma corte distrital de Taipé, onde um magistrado ordenou sua prisão. Ele foi interrogado por mais de cinco horas por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro, segundo denúncias dos promotores.
“Isso é uma perseguição política”, gritou Chen enquanto era levado. Na noite de segunda, o ex-presidente disse que sua prisão era iminente. Ele vinculou seu caso às tentativas do novo governo do presidente Ma Ying-jeou de se aproximar da China. Na semana passada, houve violentos protestos em Taiwan durante a visita de um importante enviado chinês.
Chen é um ardente defensor da independência de Taiwan e afirma ser inocente. Pequim insiste que a ilha é parte de seu território e já ameaçou inclusive agir militarmente caso Taiwan busque um rompimento permanente.
A acusação contra Chen envolve um fundo presidencial especial. O mandato do ex-presidente terminou em maio, após oito anos no poder. Dois altos funcionários ligados a Chen já foram presos no caso. Dezenas de ativistas apoiavam Chen nas proximidades do local do interrogatório.