Ex-nazista perde recurso e fica mais próximo da deportação

A expulsão dos Estados Unidos do ucraniano John Demjanjuk, acusado de ter sido chefe de alguns campos de concentração nazistas, parece estar cada vez mais próxima após a Suprema Corte de Washington ter recusado um recurso contra uma sentença de deportação emitida em 2005.

Demjanjuk, de 88 anos, operário automobilístico aposentado, vive nos Estados Unidos desde 1952 e é cidadão norte-americano desde 1958. Em 1977 ele iniciou uma batalha com o Ministério da Justiça, que quer mandá-lo embora do país.

Em 1981, Demjanjuk foi deportado para Israel, perdeu a cidadania norte-americana e foi condenado à morte em 1988 sob a acusação de ser o "guarda de Treblinka". No entanto, a Suprema Corte israelense cancelou a condenação e pôs Demjanjuk em liberdade em 1993, após documentos da ex-União Soviética terem indicado que o "Ivan o Terrível" de Treblinka era provavelmente outra pessoa, Ivan Marchenko.

Os Estados Unidos restituíram sua cidadania em 1998, mas, logo em seguida, novas descobertas indicaram Demjanjuk como o responsável por outros campos de extermínio, uma acusação que ele sempre negou.

Em 2005 o governo norte-americano emitiu uma ordem de deportação à qual Demjanjuk tem interposto seguidas apelações.

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