O ex-motorista de Osama bin Laden, o iemenita Salim Hamdan, detido no centro de detenção norte-americano de Guantánamo, recebeu autorização de militares norte-americanos para escrever a ex-chefes da Al-Qaeda também presos em Cuba, com a esperança de que possam liberá-lo das acusações às quais responde.

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A decisão foi tomada durante a audiência preliminar em Guantánamo sobre Hamdam, que poderia ser a primeira pessoa a responder, em 28 de maio, a uma "comissão militar", tipo de tribunal especial criado pelo Pentágono depois dos atentados de 11 de setembro de 2001.

O juiz Keith Allred, capitão da Marinha dos Estados Unidos, recebeu o pedido dos defensores do ex-motorista de Bin Laden e foi contra a resistência dos procuradores do Departamento de Justiça, que se opõe a qualquer contato entre supostos ex-membros da Al-Qaeda dentro da prisão.

Com a autorização do juiz, Hamdam poderá pedir ao considerado "estrategista" dos atentados de 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed, e a outros "detidos de alto perfil" (como são chamados pelo Pentágono), que confirmem que ele não era uma figura importante na Al-Qaeda.

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