Ex-ministro de Ruanda é condenado a 30 anos de prisão

Um tribunal da Organização das Nações Unidas (ONU) que julga supostos mentores do genocídio em Ruanda sentenciou hoje um ex-ministro do Interior a 30 anos de prisão por genocídio e incitamento público e direto para cometer esse crime. O Tribunal Criminal Internacional para Ruanda, com sede na Tanzânia, condenou Callixte Kalimanzira, de 56 anos, por atrair milhares de pessoas ao topo de uma colina apenas para, depois, assistir à morte delas por milícias. “Ele encorajou refugiados Tutsi a se reunirem na montanha Kabuye, onde ele sabia que eles seriam mortos aos milhares. Ele abusou da confiança pública de que ele protegeria os refugiados”, disse o juiz Dennis Byron.

O crime aconteceu quando Kalimanzira era o ministro do Interior de Ruanda em 1994. O genocídio daquele ano foi liderado por ex-integrantes do Exército do país e extremistas das milícias Hutu, conhecidas como Interahamwe. As vítimas eram pessoas da minoria Tutsi e Hutus moderados. As matanças só acabaram quando insurgentes liderados pelos Tutsi, sob o presidente Paul Kagame, derrubaram os extremistas do governo em julho de 1994. O tribunal da ONU já julgou 38 pessoas por causa do genocídio em Ruanda. Seis delas foram absolvidas.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo