O juiz federal argentino, Daniel Rafecas, acusou o ex-ministro do Planejamento do país Julio De Vido de supostamente ter favorecido a Odebrecht com contratos para ampliação de gasodutos. Em uma das investigações sobre a construtora brasileira na Argentina, o juiz considerou suspeitos o ex-ministro, o ex-secretário de Energia Daniel Cameron e dois subsecretários de ter realizado, a partir de 2005, negociações incompatíveis com a função pública, o que significaria pena de até seis anos de prisão, informou o Centro de Informação Judicial.

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De Vido, considerado um dos ministros mais poderosos dos governos de Cristina Kirchner e de Néstor Kirchner, foi destituído do cargo de deputado a pedido da Justiça e, atualmente, cumpre prisão preventiva por suposta fraude por meio da modernização de um depósito de carvão na Patagônia. Além disso, o ex-ministro enfrenta outras investigações, como as alegadas irregularidades na compra de gás liquefeito e a aquisição de trens em más condições na Espanha e em Portugal.

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De acordo com Rafecas, os suspeitos realizaram uma série de ações para que a Odebrecht obtivesse contratos para a ampliação de gasodutos entre 2006 e 2008. A obra estava orçada inicialmente em mais de US$ 2,3 milhões. Esse foi o primeiro processo ditado pela Justiça argentina em uma das causas vinculadas ao escândalo de pagamento de propina da Odebrecht em diversos países latinos.