O ex-magnata russo do petróleo Mikhail Khodorkovsky entrou nesta quarta-feira (16) com um pedido de liberdade condicional e seu advogado, Yuri Shmidt, desafiou o novo presidente da Rússia a seguir as promessas de manter o império da lei no país. Khodorkovsky, que é definido como um prisioneiro político pelos críticos do Kremlin, foi condenado por evasão fiscal e fraude em maio de 2005 após um julgamento que aparentemente foi forjado.

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Ele foi condenado a oito anos de prisão, dos quais já cumpriu cinco. Khodorkovsky era o maior bilionário da Rússia pós-soviética e dono da petrolífera Yukos. A perseguição legal contra o ex-magnata e a gigante Yukos foi largamente vista na Rússia como uma punição do Kremlin pela independência e ambição do magnata, que entrou várias vezes em choque com o então presidente russo Vladimir Putin. Após o julgamento de Khodorkovsky, a Yukos foi encampada pela estatal petrolífera russa Rosneft.

O pedido de liberdade condicional de Khodorkovsky é o primeiro teste sério para o presidente da Rússia Dimitri Medvedev, que chegou ao poder prometendo acabar com o que ele mesmo definiu "niilismo legal" da justiça da Rússia. Shmidt disse que o pedido de liberdade condicional foi feito a um tribunal na cidade de Chita, que fica na Sibéria, perto da fronteira com a Mongólia. Khodorkovsky cumpre sentença em uma penitenciária nessa cidade remota.

Khodorkovsky, uma vez o homem mais rico da Rússia, já cumpriu mais da metade da sua pena e por isso pode pedir liberdade condicional. Boa parte da pena foi cumprida em um campo de trabalhos forçados também na Sibéria, até 2006, quando as autoridades o transferiram para a prisão de Chita.

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