Nuon Chea, o principal líder ainda vivo do Khmer Vermelho, foi detido e colocado sob custódia de um tribunal de genocídio patrocinado pela Organização das Nações Unidas (ONU). A polícia cercou a residência de Nuon Chea em Pailin, no noroeste do Camboja, perto da fronteira com a Tailândia, e apresentou ao octogenário um mandado de prisão emitido com base em acusações de atrocidades perpetradas pelo regime no fim da década de 1970.
O ex-líder do Khmer, de 82 anos, foi colocado em um carro e depois embarcou em um helicóptero com destino a Phnom Penh, a capital cambojana. Ele nega ter cometido crimes durante o regime. O filho de Nuon Chea e dezenas de curiosos observavam em silêncio enquanto ele era levado.
Em Phnom Penh, um comboio de veículos levou Nuon Chea do aeroporto militar até o tribunal, oficialmente conhecido como Câmara Extraordinária das Cortes do Camboja.
Nuon Chea ingressou no Khmer Vermelho na década de 1950, quando o grupo ainda se formava como um partido comunista clandestino. Mais tarde, tornou-se o principal ideólogo político da organização. Estima-se que a implementação das políticas radicais do Khmer Vermelho tenha provocado a morte de 1,7 milhão de pessoas.