O major uruguaio de reserva Juan Manuel Cordero Piacentini foi levado hoje em uma ambulância até o meio da ponte internacional que liga a brasileira Uruguaiana e a argentina Paso de los Libres. Ali, Cordero – acusado pela Justiça em Buenos Aires de ter aplicado torturas a 32 civis (27 uruguaios e cinco argentinos), o assassinato de outras dez pessoas – entre os quais dois parlamentares uruguaios – além do sequestro de um bebê, foi entregue às autoridades argentinas, que o levaram em outra ambulância.

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Nos próximos dias o militar uruguaio – um dos principais torturadores da Operação Condor (o plano de coordenação entre as ditaduras do Cone Sul nos anos 70 e 80 para a troca de informações e prisioneiros políticos), sentará no banco dos réus em Buenos Aires.

Cordeiro, de 71 anos, passou por um novo exame médico e as autoridades argentinas comprometeram-se em continuar seu tratamento cardíaco em Buenos Aires, onde será julgado. Tudo indica que Cordero ficará na penitenciária de Marcos Paz, na província de Buenos Aires.

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