O ucraniano naturalizado norte-americano John Demanjuk foi acusado nesta quarta-feira (11) de cumplicidade em 29 mil assassinatos cometidos quando era guarda em um campo de extermínio nazista de Sobibor. A informação foi divulgada por promotores alemães, que pedirão sua extradição para os Estados Unidos. Demjanjuk foi guarda nesse campo da Polônia ocupada pelos nazistas entre março e setembro de 1943.

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“Como tal, participou como cúmplice no assassinato de pelo menos 29 mil pessoas da fé judia”, disseram os promotores em um comunicado. Demjanjuk, de 88 anos, vive atualmente em Ohio e nega participação nos crimes. Seu filho, chamado John, disse por e-mail de Cleveland que o pai sofre de problemas no sangue e de insuficiência renal que o impedem de viajar.

Efraim Zuroff, caçador de nazistas do Centro Simon Wiesenthal de Israel, declarou estar “muito contente” com a medida tomada pelas autoridades alemãs. “Estamos a caminho de uma vitória”, previu, de Jerusalém. Nascido na Ucrânia, Demjanjuk emigrou para os EUA em 1952 e obteve a cidadania em 1958. Ao negar ter cometido crimes de guerra, ele disse que foi soldado do Exército soviético e acabou capturado pelos alemães em 1942.

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