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Ex-executiva diz que tabloide usava investigadores

Rebekah Brooks, ex-executiva-chefe da divisão britânica de jornais da News Corp, disse hoje que nunca aprovou pagamentos à polícia ou fez ela mesma pagamentos a policiais. A declaração foi feita durante interrogatório perante um comitê do Parlamento britânico que investiga grampos telefônicos do tabloide News of the World, que foi fechado recentemente.

Brooks, que foi acompanhada de seu advogado após ter sido detida pela polícia no domingo, também defendeu o uso de investigadores particulares durante o tempo em que foi editora do News of the World, lembrando que a prática é “totalmente legítima” e usada com frequência na indústria jornalística.

Mas ela se desculpou pelos grampos do News of the World e disse que nunca se encontrou com o investigador particular Glenn Mulcaire, que está no centro do escândalo dos grampos telefônicos. Brooks afirmou que lamenta o que aconteceu no jornal, acrescentando que a invasão da caixa de mensagens da adolescente assassinada Milly Dowler foi “repugnante”.

Ela disse ao comitê de Cultura, Mídia e Esportes que erros foram cometidos no passado, mas que a diretoria do News International agiu rapidamente após o surgimento de novas provas de grampos telefônicos, no final do ano passado. A News International, divisão de jornais da News Corp na Grã-Bretanha, publicava o News of the World antes de seu fechamento no início do mês, e também publica o Times, Sunday Times e The Sun.

Brooks, de 43 anos, foi detida pela polícia no domingo por sua ligação com as acusações de interceptação ilegal da caixa de mensagens de telefones celulares e por suposto suborno de policiais por funcionários do News of the World. Ela não foi formalmente acusada e foi libertada sob fiança.

Brooks foi editora do News of the World até 2003, período no qual Mulcaire supostamente invadiu a caixa de mensagens de Dowker. Posteriormente, ela se tornou editora do jornal The Sun e, em setembro de 2009, foi nomeada executiva-chefe da News International. Na sexta-feira passada, ela se demitiu em meio a pedidos de acionistas para que deixasse o cargo por causa do escândalo.

Várias pessoas foram detidas até agora durante a investigação policial, dentre elas Andy Coulson, o sucessor de Brooks no cargo de editor do News of the World. Ninguém foi formalmente acusado. A News Corp também é proprietária da Dow Jones e do The Wall Street Journal. As informações são da Dow Jones.

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