A Suprema Corte da Etiópia sentenciou o ex-ditador Mengistu Haile Mariam à morte. O tribunal de apelação condenou ainda 18 dirigentes de seu governo por tortura e execução de pessoas inocentes. O ex-ditador, que vive exilado no Zimbábue desde sua saída do governo, em 1991, foi considerado culpado em 2006 por genocídio. Milhares de pessoas foram mortas durante os 17 anos em que Mengistu liderou o "Terror Vermelho" no país.
Mengistu era um dos chefes do levante militar que depôs, em setembro de 1974, o imperador Haile Selassié. Em fevereiro de 1977, ocupou pessoalmente a chefia do Estado, após eliminar seus ex-colegas e rivais no Conselho Administrativo Provisório Militar (Dergue). Durante a perseguição iniciada por Mengistu no Exército e entre os membros da oposição política civil, calcula-se que cerca de 150 mil pessoas tenham sido assassinadas.