O ex-ditador da Nigéria, Muhammadu Buhari, registrava nesta terça-feira uma pequena vantagem em relação ao atual presidente do país, Goodluck Jonathan, na apuração dos votos da eleição presidencial.

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Com cerca de três quartos dos votos contados, Buhari, de 72 anos, tinha 49% dos cerca de 21 milhões de votos depositados nas urnas no final de semana, enquanto Jonathan tinha 47%.

Para ser declarado vencedor, um candidato precisa garantir tanto a maioria quanto 25% dos votos em dois terços dos Estados nigerianos. Os dois candidatos prometeram respeitar os resultados, se eles forem considerados confiáveis.

Mas na manhã desta terça-feira, um representante do partido de Jonathan declarou que a comissão eleitoral estava favorecendo o partido de Buhari. Elder Godsday Orubeb, do Partido Democrático do Povo, que está no governo, disse que queria que os resultados de uma série de Estados do norte do país fossem desconsiderados. Nesses locais, Buhari deve conquistar a grande maioria dos votos.

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Ele também acusou a comissão de investigar relatos de irregularidades eleitorais em Estados onde Buhari deve vencer, mas não em redutos do ex-ditador no norte, onde o partido do atual presidente contesta os resultados. “Perdemos a confiança no processo”, disse ele.

O partido de Buhari denunciou o processo de votação no Estado de Rivers, onde existe forte apoio a Jonathan. O governador local, um dos gerentes de campanha de Buhari, disse ter sido intimidado pelas forças de segurança e afirmou ter havido falhas no processo de votação, por isso quer cancelar o pleito no Estado.

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O presidente da Comissão Eleitoral nigeriana, Attahiru Jega, disse que os distúrbios não são suficientes para prejudicar todo o processo eleitoral. “As eleição não foram perfeitas em todos os locais, mas não vimos bases substanciais para cancelar todo o resultado”, afirmou Jega.

A expectativa é que a contagem termine nesta terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.