O ex-dirigente do Partido Ação Nacional (PAN, de direita), governante no México, Manuel Espino, titular da Organização Democrata Cristã da América (ODCA), denunciou ter sido espionado por personagens do "primeiro escalão" do governo do presidente Felipe Calderón.
De acordo com um livro escrito por Espino e cujo conteúdo foi antecipado pelo jornal local El Universal, pessoas que o ex-dirigente chama de "chefes do calderonismo" colocaram "agentes de inteligência mexicanos localizados na Europa" para segui-lo.
O livro, "Señal de Alerta, advertencia de regresión política en México", afirma que Arturo Sarukhán, atual embaixador em Washington e estreito colaborador de Calderón, propôs grampear o telefone de Espino e rastrear seus movimentos.
Espino, próximo ao ex-presidente Vicente Fox, disse que o ex-procurador-geral, Daniel Cabeza de Vaca, e o atual, Eduardo Medina, confirmaram que ele foi alvo de espionagem.
O dirigente da ODCA indicou também que outras pessoas próximas a Calderón manipularam os meios de comunicação para apresentá-lo como um opositor interno do mandatário.
Denunciou ainda a "proximidade" do presidente mexicano com o influente senador da oposição Manlio Fabio Beltrones, considerado na obra de Espino "um perigo para o México", o que coloca em risco a permanência do PAN no governo.