Bogotá – A ex-parlamentar Yidis Medina, cuja prisão foi ordenada nesta sexta-feira pela Suprema Corte por ter reconhecido que o governo de Álvaro Uribe lhe ofereceu cargos em troca de um voto decisivo para aprovar a reeleição presidencial na Colômbia, se entregou na noite deste domingo à Justiça colombiana.

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Medina chegou à sede principal da Procuradoria Geral em Bogotá e minutos depois sua entrega foi confirmada por seu advogado, Ramón Ballesteros, em declarações ao telejornal Noticias Uno.

Questionado se uma eventual condenação de Medina implicaria na mesma medida para os funcionários que lhe haviam oferecido os cargos, Ballesteros respondeu que "necessariamente", mas que "preferiria que fosse a Corte quem os identificasse".

Em uma entrevista divulgada no domingo passado, Medina assegurou que em 2004 funcionários do governo e o próprio Uribe ofereceram cargos públicos para políticos próximos em troca de que mudassem seu voto, em princípio negativo, a favor de uma reforma na Constituição para permitir a reeleição imediata do presidente.

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Na Colômbia, o presidente é investigado pela Comissão de Acusações da Câmara de Representantes.

Ballesteros também confirmou que a Procuradoria Geral reabrirá uma investigação disciplinar contra Medina por acusações como falso testemunho, fraude processual e obstrução da justiça.

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