O ex-chefe de polícia de Londres, Paul Stephenson, disse que prejudicou a força policial ao contratar um ex-editor do tabloide News of the World como consultor de relações públicas, mas negou saber que o jornal estava envolvido em grampos telefônicos.

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Stephenson é interrogado hoje por um comitê parlamentar britânico que investiga crimes cometidos pelo tabloide de Rupert Murdoch, que foi fechado. Ele foi questionado sobre seu relacionamento com Neil Wallis, ex-editor-executivo do jornal que foi detido na semana passada.

Stephenson disse que “não tinha razões para ligar Wallis aos grampos telefônicos” quando o contratou para o cargo, em 2009. Ele afirma que agora, que a amplitude dos grampos veio à tona, o fato de Wallis ter trabalhado para a polícia é “embaraçoso”. Stephenson anunciou sua demissão no domingo.

Separadamente, a polícia de Londres disse hoje que pediu à corregedoria que investigue o chefe de comunicação da Scotland Yard no caso dos grampos, o quinto graduado policial a ser investigado. A Comissão Independente de Queixas contra a Polícia Britânica (IPCC, pela sigla em inglês) vai examinar a participação de Dick Fedorcio na contratação de Wallis.

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Murdoch

O magnata australiano Rupert Murdoch também será ouvido hoje no Parlamento britânico. O comitê vai ouvir ainda seu filho, James, e a ex-executiva-chefe da unidade britânica da News Corp., Rebekah Brooks. Murdoch chegou ao Parlamento com três horas de antecedência e seu carro foi cercado por fotógrafos.

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Os parlamentares vão tentar obter mais detalhes sobre a escala de irregularidades no tabloide News of the World, enquanto Rupert e James Murdoch devem tentar não se incriminar ou provocar mais danos aos negócios sem enganar o Parlamento, já que isso é crime. Suspeita-se que quase 3,7 mil pessoas tenham tido seus telefones grampeados. As informações são da Associated Press.