O ex-chefão da máfia siciliana Michele Greco, que tinha o apelido de "o Papa" quando liderava a Cosa Nostra há algumas décadas, morreu nesta quarta-feira (13) em um hospital em Roma, aos 84 anos de idade, informou a imprensa italiana. Segundo a agência Apcom, Greco morreu de câncer. Ele entrou para a máfia no subúrbio de Croceverde Giardino, em Palermo, após a morte do seu pai, e era primo de Salvatore Greco, que foi secretário da primeira comissão da máfia siciliana, formada pelos criminosos em 1958.

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Greco cumpria pena de prisão perpétua na penitenciária romana de Rebibbia após ter sido condenado por numerosos assassinatos, alguns deles apenas ordenados e outros executados pessoalmente. Greco recebeu o apelido de "o Papa" pelo seu papel de mediador entre várias famílias mafiosas da Sicília, políticos e empresários. Ele ordenou, em 1982, o assassinato do maior combatente italiano contra a máfia, o general Alberto Dalla Chiesa, cujo automóvel foi explodido em Palermo. A mulher de Dalla Chiesa também foi morta no ataque.

Greco foi preso em 1986, após ter ficado quatro anos na clandestinidade. Ele foi condenado à prisão perpétua em 1987, em processo contra centenas de mafiosos sicilianos acusados de terem matado policiais, juízes, políticos, empresários e rivais. A família Greco, que também teve um braço mafioso na Costa Leste dos Estados Unidos foi uma das maiores latifundiárias da Sicília. A maior parte das suas propriedades, no entanto, foi recuperada pelas autoridades italianas.

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