Ex-carcereiro de MCcain votaria no candidato republicano

Há 40 anos, Tran Trong Duyet dirigia uma lúgubre prisão onde eram confinados os militares norte-americanos capturados durante a Guerra do Vietnã (1959-1975). Entre os prisioneiros, também estava o futuro candidato republicano à Casa Branca, John McCain. Hoje, Duyet virou fã do político: "Se fosse norte-americano, votaria nele", disse à BBC.

Hoje, Duyet, um aposentado de 75 anos e dançarino amador, considera McCain seu amigo. "Fez muito para melhorar as relações entre nós e os Estados Unidos. Caso vire presidente, fará muito mais", acredita.

"Não sei como reagiria se me encontrasse de novo. Mas posso confirmar que não foi torturado. Nõs não torturamos nenhum prisioneiro. Eu o fazia vir ao meu escritório, onde discutíamos sobre a guerra, se era justa ou errada. É um homem muito franco, muito conservador, e muito leal ao seu país e aos seus ideais norte-americanos", revelou.

Uma característica marcante de McCain, para o vietnamita, era "o seu sotaque interessante". "Às vezes, ele me ensinava algumas palavras em inglês, ou corrigia a minha pronúncia. Eu acompanho a sua carreira desde que saiu da prisão", contou.

Na prisão Hoa Lo — apelidada pelos norte-americanos de "Hanoi Hilton" -, McCain ficou encarcerado por cinco anos e meio, depois que o seu avião foi abatido em 1967. Segundo o senador do Arizona, esses anos foram marcados por torturas e violência, razão pela qual tentou se suicidar.

Duyet é enfático nesse ponto: McCain não foi torturado. "Não disse a verdade. Mas, de qualquer modo, eu o entendo. Mente aos eleitores norte-americanos para conseguir o seu apoio nas eleições presidenciais. Espero que vença", concluiu.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo