O presidente da Bolívia, Evo Morales, assegurou que, após a expulsão do embaixador norte-americano em La Paz, diminuiu o nível de conspiração contra seu governo. “Eu não me arrependo de ter decidido expulsar o ex-embaixador dos Estados Unidos na Bolívia, porque a partir desse momento baixou a conspiração”, avaliou o presidente. Atualmente, nem Bolívia nem EUA mantêm embaixadores entre si, porque Morales expulsou em setembro passado o chefe da delegação diplomática norte-americana, Phillip Goldberg, acusando-o de conspirar com opositores contra seu governo. A administração do então presidente George W. Bush respondeu expulsando o embaixador boliviano.
“Agora estamos nos informando de que desde que (chegou ao país) o ex-embaixador dos Estados Unidos, estava sendo tramada a separação da Bolívia”, afirmou Morales. “Vocês não sabem, porém, a imprensa não informa sobre alguns documentos em idioma húngaro que, claro, nos custa traduzir, mas falam de dividir a Bolívia e afirmam que para isso é necessário tempo”, relatou.
As declarações do presidente surgem uma semana depois de ele demonstrar o desejo de melhorar a relação entre La Paz e Washington. O governo boliviano expulsou em março outro diplomata dos EUA e meses antes também impediu que opere no país a agência norte-americana de combate ao narcotráfico, conhecida pela sigla em inglês DEA. Porém, após o novo governo de Barack Obama assumir, Morales deu sinais de querer restabelecer as relações. O ministro de Relações Exteriores, David Choquehuanca, anunciou que no fim do mês chegarão ao país funcionários para fazer avançar um novo “acordo marco” nas relações bilaterais.