O presidente da Bolívia, Evo Morales, disse hoje que os Estados Unidos concordaram em firmar um novo acordo diplomático com o país a fim de superar a crise provocada pela expulsão do embaixador norte-americano de La Paz há pouco mais de um ano.

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Durante entrevista coletiva, Morales disse que negociações iniciadas após a posse de Barack Obama, em janeiro, avançaram na semana passada, durante visita a Washington do chanceler boliviano, David Choquehuanca. “Por fim, os Estados Unidos aceitaram um novo marco para nossas relações diplomáticas”, afirmou, acrescentando que o acordo pode ser assinado em novembro.

Foi a segunda vez que Choquehuanca reuniu-se com negociadores dos EUA. Em um comunicando conjunto, os dois governos informaram que “as partes realizaram progressos significativos em pontos importantes e estabeleceram um plano de atividades, que busca chegar a um acordo final em La Paz, no final de novembro.”

Morales explicou que a secretária de Estado, Hillary Clinton, lhe telefonou para parabenizá-lo pelo aniversário de 50 anos e se disse confiante na normalização das relações entre ambos os países. Na conversa, contudo, Morales disse a Hillary que “se Barack Obama quiser justificar o prêmio (Nobel da Paz) deve devolver a democracia a Honduras, suspender o bloqueio a Cuba e todas as bases militares dos EUA no mundo”. Morales também concorreu ao prêmio e se disse “ressentido” por não ganhá-lo.

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O embaixador norte-americano Philip Goldberg foi expulso da Bolívia em setembro de 2008 por supostamente apoiar a intenção da oposição em dar um golpe de estado. O presidente boliviano expulsou também a agência antidrogas dos EUA e limitou as operações da agência de cooperação Usaid. As informações são da Associated Press.