As igrejas católicas da cidade do México em sua maioria ficaram vazias depois que as cerimônias foram canceladas e funcionários de saúde pública iniciaram buscas, em aeroportos e terminais rodoviários, por pessoas contaminadas por um novo tipo de gripe suína, que os especialistas temem que possa se tornar uma epidemia global. O presidente mexicano, Felipe Calderón, assumiu novos poderes para isolar pessoas infectadas com a doença que, segundo o ministro da Saúde do México, matou até 81 pessoas e pode ter infectado 1.324 no país desde 13 de abril.
A gripe suína se espalhou além da fronteira mexicana. Há casos confirmados nos Estados Unidos e no Canadá e suspeitas na Nova Zelândia e no Brasil. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, disse hoje que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA confirmou que estudantes de uma escola secundária foram infectados pela doença.
No México, soldados e funcionários da saúde pública patrulharam o sistema de metrô na Cidade do México hoje, distribuindo máscaras cirúrgicas e procurando por possíveis casos de gripe suína. As pessoas foram aconselhadas a procurar ajuda médica se apresentarem os sintomas da doença, como febre alta, dores no corpo, tosse, dor de garganta, congestão das vias respiratórias e, em alguns casos, vômito e diarreia. Centenas de eventos públicos, de shows a jogos de futebol, foram cancelados para evitar que pessoas se reúnam e espalhem o vírus. Zoológicos foram fechados e visitas a centros de correção juvenil foram suspensas.
A primeira morte ocorreu no estado mexicano de Oaxaca, no dia 13 de abril. Contudo, o México não enviou as primeiras amostras de muco para o Centro de Controle e Prevenção de Doenças até o dia 18 de abril, quase na mesma época em que enviou grupos de saúde pública para os hospitais à procura de pacientes com gripe forte e sintomas de pneumonia.