Os deputados europeus aprovaram o Relatório Thomsen (elaborado pela deputada Britta Thomsen), sugerindo a criação de um sistema de certificação ambiental e social, além de um mecanismo para monitorar periodicamente, nos países exportadores o impacto da produção do etanol. A medida, se entrar em vigor, deve atingir o Brasil, que hoje é o maior fornecedor do produto para o mercado europeu.
O documento foi produzido como uma resposta do Parlamento à proposta da Comissão Européia de estipular que o etanol represente 10% dos combustíveis no bloco em 2020. Sem poder vinculante, mas com peso político importante, a iniciativa dos deputados deve influenciar no mecanismo final de importação do produto que será criado por Bruxelas até o fim do ano.
A Comissão já havia indicado que criaria mecanismo de certificação para garantir que o etanol não fosse resultado de um processo que acabaria causando danos ao meio ambiente. Agora, os parlamentares querem ir além. Só aceitariam a importação se fosse garantido que o etanol não só é produzido de forma sustentável, mas também não causa impacto negativo sobre o preço de alimentos, não desloca outros cultivos para a floresta – gerando desmatamento – e respeita normas sociais e trabalhistas.