A Grécia não vai deixar a zona do euro automaticamente se o “não” vencer no plebiscito marcado para domingo (05), mas poderá significar que outros países do bloco não terão mais como apoiar a economia grega, afirmou hoje o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

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Dijsselbloem, que fez um relato ao Parlamento holandês sobre as reuniões do Eurogrupo dos dois últimos dias, disse que os eleitores gregos não devem ser levados a pensar que Atenas ficaria numa posição para negociar um melhor pacote de resgate com os credores internacionais se o “não” for vitorioso.

No domingo, a Grécia vai consultar a população sobre as medidas de austeridade que os credores exigem para liberar novo auxílio financeiro para Atenas.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e seu partido esquerdista, o Syriza, estão tentando convencer os gregos de que um “não” para a proposta dos credores garantiria a dignidade nacional e fortaleceria o poder de negociação de Atenas, sem levar à saída da Grécia da zona do euro.

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Dijsselbloem disse ainda que a promessa feita em 2012 para o alívio da dívida grega já não está mais disponível, uma vez que o programa de ajuda da Grécia venceu na última terça-feira e não foi concluído. “A promessa pode voltar após o plebiscito”, disse ele, acrescentando que Atenas não terá lugar na zona do euro se o “não” prevalecer. Fonte: Dow Jones Newswires.