Líderes de uma Europa unida marcaram hoje o 90º aniversário do fim da Primeira Guerra Mundial (1914-18). O conflito dividiu o continente e o mundo e custou milhões de vidas. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e o príncipe Charles, da Grã-Bretanha, participaram da cerimônia solene na cidade de Douaumont, no nordeste francês, perto do local da Batalha de Verdun, uma das mais sangrentas.
Estima-se que 300 mil soldados tenham morrido durante 300 dias de confrontos entre as tropas francesas e alemãs pelo controle do rio Meuse. Tratava-se de uma área estratégica na rota dos alemães até Paris. As forças francesas venceram essa batalha em dezembro de 1916.
Charles, Sarkozy e Peter Mueller, presidente do Bundesrat alemão (Câmara Alta), entre outras autoridades, participaram das homenagens, perto de duas grandes fileiras de cruzes.
Centenas de pessoas, incluindo veteranos de outras guerras, se concentraram perto de um grande ossuário em Douaumont, onde os restos de soldados desconhecidos dos dois lados estão enterrados.
Em março, morreu o último dos 8,4 milhões de franceses a lutar na Primeira Guerra. Lazare Ponticelli tinha 110 anos. O último representante alemão no conflito também morreu neste ano.
A Grã-Bretanha marcará a celebração com os três veteranos britânicos vivos, o mais novo deles com 108 anos e o mais velho com 112. O trio participará de eventos em Londres com a presença de várias autoridades, entre elas o primeiro-ministro Gordon Brown.