O Eurogrupo, formado por ministros de Finanças da zona do euro, concordou hoje em liberar 8,3 bilhões de euros do pacote de ajuda da Grécia em três parcelas, com a primeira prevista para sair a tempo de Atenas pagar dívidas com vencimento em maio.
A Grécia vai receber 6,3 bilhões de euros no final de abril, 1 bilhão de euros no começo de junho e mais 1 bilhão de euros no início de julho, segundo Jeroen Dijsselbloem, o ministro de Finanças holandês, que também é presidente do Eurogrupo. Em contrapartida, Atenas terá de tomar medidas adicionais para receber os montantes de junho e julho.
Para Dijsselbloem, no entanto, a Grécia precisa fazer mais para voltar a crescer e lidar com a questão do desemprego.
“O governo grego está comprometido a implementar importantes reformas no curto prazo que ampliarão o potencial de crescimento da Grécia”, disse Dijsselbloem a repórteres na capital grega.
Dijsselbloem acrescentou que é muito cedo para dizer se a Grécia pode se sustentar por conta própria após o atual pacote de resgate, de 240 bilhões de euros, chegar ao fim. Nos últimos meses, ministros de Finanças da zona do euro têm falado abertamente sobre a possibilidade de Atenas receber um terceiro programa de ajuda, mas o ministro grego da pasta, Yiannis Stournaras, insiste que o país conseguirá sobreviver sozinho depois que o financiamento atual acabar.
Ainda há 1,8 bilhão de euros disponíveis no pacote atual da Grécia, que formalmente será concluído no fim deste ano. Já os empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) vão até março de 2016.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, por sua vez, pediu à Grécia que não reduza os esforços de manutenção de suas finanças públicas e continue fazendo ajustes fiscais. Seguindo a linha de Dijsselbloem, Draghi enfatizou que, embora Atenas já tenha feito muitas reformas, mais medidas serão necessárias. Fontes: Dow Jones Newswires e Market News International.