Funcionários norte-americanos afirmaram hoje que buscarão um raro encontro particular com diplomatas iranianos, segundo o site do “The Washington Post”. Amanhã, enviados de sete países se reúnem em Genebra, na Suíça, para discutir o programa nuclear iraniano.
As negociações reúnem o Irã, os membros permanentes do Conselho de Segurança – EUA, Rússia, Grã-Bretanha, China e França – e a Alemanha. As negociações devem durar o dia todo, mas foram agendadas para permitir também os encontros informais entre duas partes, entre elas EUA e Irã.
Um alto diplomata da administração do presidente Barack Obama qualificou a iniciativa como “uma oportunidade para ressaltar as principais preocupações que estaremos levando ao encontro”, segundo o “Post”. A fonte pediu anonimato. Os funcionários dos EUA demonstram ceticismo sobre as chances de qualquer mudança importante vinda de Teerã, sobretudo nesse estágio inicial das conversas.
O governo iraniano defende seu direito de possuir um programa nuclear e afirma ter apenas fins pacíficos, como a produção de energia. Já países como EUA e Israel denunciam a intenção de o país produzir armas nucleares. Apesar das divergências, o “Post” afirma que as conversas em Genebra podem ser as mais aprofundadas entre Irã e EUA desde o rompimento das relações bilaterais, após a Revolução Iraniana de 1979.