Funcionários do Departamento de Estado dos Estados Unidos fizeram uma visita secreta à Coreia do Norte na semana passada, numa tentativa de libertar o prisioneiro americano Aijaloin Mahli Gomes, afirmou hoje o porta-voz Philip Crowley. Segundo ele, um oficial consular dos EUA, dois médicos e um tradutor estiveram em Pyongyang entre 9 e 11 de agosto e visitaram Gomes, que já tentou até o suicídio, em um hospital. Crowley disse que eles não conseguiram libertá-lo, mas obtiveram alguns detalhes sobre a situação dele.

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Gomes ensinava inglês na Coreia do Sul antes da sua prisão em 25 de janeiro na Coreia do Norte. A motivação do americano em ir para a Coreia do Norte não é clara, mas ele participou de comícios em Seul em apoio a Robert Park, que frequentava a mesma igreja cristã. Park, deliberadamente, cruzou a fronteira com a Coreia do Norte, a partir da China, para chamar a atenção sobre a situação dos direitos humanos na Coreia do Norte. Park foi expulso da Coreia do Norte após ficar 40 dias detido.

Crowley disse que o governo americano insistirá na libertação de Gomes. No mês passado, a agência de notícias oficial da Coreia do Norte disse que Gomes tentou cometer suicídio por causa “da sua consciência muito pesada” e da sensação de desespero de que o governo dos EUA poderia não tentar libertá-lo. “Nós pedimos permissão para levar Gomes de volta e é óbvio que a permissão não foi dada”, disse Crowley, referindo-se à missão.

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