O diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos Estados Unidos, Leon Panetta, disse em entrevista hoje que funcionários norte-americanos descartaram avisar o governo do Paquistão sobre a ação contra o líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, temendo que algum funcionário paquistanês pudesse alertar o terrorista.

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Falando à revista Time, Panetta disse que “foi decidido que qualquer esforço para trabalhar com os paquistaneses poderia ameaçar a missão: eles poderiam alertar os alvos”. Também hoje, o governo do Paquistão demonstrou preocupação com a operação que matou Bin Laden, notando que essa ação “unilateral não autorizada” poderia ameaçar a paz internacional.

A chancelaria negou que a liderança civil ou militar paquistanesa tivesse qualquer conhecimento prévio da operação. Também disse que não houve questionamento por helicópteros dos EUA decolarem de bases do país. “O Paquistão expressa sua grande preocupação e reservas com a maneira com a qual o governo dos Estados Unidos realizou esta operação, sem informação ou autorização prévia do governo do Paquistão”, afirma o Ministério das Relações Exteriores.

A chancelaria diz que esse tipo de “ação unilateral não autorizada” não pode passar a ser uma regra e não deve ser um “precedente futuro para qualquer Estado, incluindo os EUA”. “Tais ações minam a cooperação e podem inclusive representar uma ameaça à paz e à segurança internacionais”, afirma o texto. As informações são da Dow Jones.

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