O decreto do presidente Donald Trump que proíbe a entrada no país de cidadãos de sete países de maioria muçulmana já é questionada por membros do Congresso. O senador republicano Rob Portman, de Ohio, disse que “é preciso diminuir o ritmo”, e que os legisladores “devem fazer parte” das discussões sobre a melhor forma de aprimorar a seleção para estrangeiros que entram nos Estados Unidos.

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Em entrevista a uma rede de TV, Portman afirmou que não acredita que a ação executiva do Trump tenha sido devidamente revista antes de ser assinada na sexta-feira. Portman acredita que todos devem “respirar fundo e pensar em algo que faça sentido para nossa segurança nacional”. Ele ressalta que “os Estados Unidos sempre foram um lar acolhedor para refugiados e imigrantes”.

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Ele diz que a América é “esse farol de esperança e oportunidade para o resto do mundo”, e deve permanecer assim.

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Kellyanne Conway, uma das mais importantes conselheiras de Trump, disse que a ordem de emergência de uma juíza federal que bloqueia os efeitos do decreto “realmente não afeta” os esforços para impedir temporariamente a entrada de refugiados e cidadãos dos países afetados.

Conway diz que a ordem de Trump é pretende “impedir, não deter”, e diz que apenas uma porcentagem muito pequena dos imigrantes tem sido impactada. Conway diz que é um “pequeno preço a pagar” para manter o público americano Seguro.

Europa

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, disse que seu país está convencido de que os refugiados “merecem um abrigo seguro, independentemente da sua origem ou religião”. Em uma declaração dada neste domingo, Rutte acrescentou que ele e o ministro das Relações Exteriores, Bert Koenders, lamentam as restrições de viagem dos EUA e as rejeitam.

A condenação do governo holandês provocou uma repreensão rápida do legislador populista anti-islâmico Geert Wilders, que afirmou em redes sociais: “Que fraco”. Wilders defende o fechamento das fronteiras holandesas com imigrantes de nações islâmicas. Ele é um forte candidato para as eleições da câmara baixa do Parlamento holandês, marcadas para 15 de março.

Na Suíça, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse que a ordem do presidente dos EUA vai “na direção errada”. Didier Burkhalter disse em um comunicado que “cabe às autoridades americanas decidir as condições de imigração em seu país”.

Mas ele disse que as medidas tomadas para prevenir o terrorismo devem “respeitar os direitos fundamentais, bem como o direito internacional” e sugeriu que a ordem de Trump não o faz. Burkhalter disse que, na medida em que as regras se aplicam aos refugiados, seria uma violação das Convenções de Genebra para os Estados Unidos, um signatário, impor uma proibição geral para as pessoas que vêm da Síria. Fonte: Associated Press.